O que é o método ROPA?
ROPA significa Recepção de Óvulos da Parceira. É uma técnica exclusiva para casais homoafetivos femininos, onde ambas participam do processo de forma ativa. Uma delas doa os óvulos que serão fertilizados em laboratório com espermatozoides de um doador, e a outra parceira gera a gestação, carregando o bebê no útero.
Essa abordagem permite que as duas mulheres compartilhem a experiência da maternidade de maneira única: uma contribui geneticamente, enquanto a outra vivencia a gestação. É uma escolha que une tecnologia, amor e cuidado, fortalecendo o vínculo entre as parceiras.
Quando escolher o método ROPA?
Algumas situações fazem com que a técnica seja a melhor opção, como:
- Quando uma parceira tem óvulos saudáveis, mas não pode ou não deseja engravidar.
- Se a outra parceira deseja vivenciar a gestação, mas não possui óvulos viáveis.
- Quando ambas desejam compartilhar a maternidade em diferentes papéis (genético e gestacional).
Essa escolha depende de fatores médicos e emocionais. Por isso, um acompanhamento com um especialista em Reprodução Humana é essencial para definir o melhor caminho.
Quem pode se beneficiar do método?
O procedimento é indicado principalmente para casais homoafetivos femininos que desejam engravidar de forma compartilhada. Ele é ideal para:
- Casais que valorizam a ideia de participação ativa de ambas na concepção.
- Mulheres que enfrentam problemas de infertilidade, mas têm uma parceira saudável.
Aspectos legais no Brasil
No Brasil, o método ROPA é regulamentado pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), que autoriza o uso de técnicas de reprodução assistida por casais homoafetivos femininos. Algumas regras importantes incluem:
- A escolha do doador de esperma deve ser anônima, de acordo com as normas do CFM.
- A doação não anônima de semen pode ocorrer, caso o doador seja parente de até 4o grau da paciente que irá gestar (mas não da que irá ceder os óvulos para o procedimento).
- Ambas têm direito ao reconhecimento de maternidade no registro de nascimento da criança.
Essa regulamentação fortalece os direitos reprodutivos de casais homoafetivos e garante que o processo seja seguro e ético.
Vantagens do método ROPA
Participação compartilhada: ambas têm papéis ativos no processo, criando um vínculo único.
Fortalecimento do relacionamento: a experiência de maternidade compartilhada pode aprofundar o amor e a parceria.
Preservação da fertilidade: o método permite o congelamento de embriões para tentativas futuras.
Desvantagens e desafios
Embora tenha muitas vantagens, o ROPA pode apresentar desafios, como:
Custos elevados: por envolver as etapas da fertilização in vitro (FIV)
Aspectos emocionais: é importante que ambas estejam alinhadas quanto aos papéis no processo.
Riscos médicos: como em qualquer técnica de reprodução assistida, existem riscos mínimos associados ao uso de medicamentos hormonais e procedimentos invasivos.
Etapas do ROPA
Consulta inicial: avaliação das condições de saúde de ambas as parceiras.
Estimulação ovariana: a parceira que doará os óvulos recebe medicamentos para estimular a ovulação.
Coleta dos óvulos: realizada por meio de punção ovariana, em um procedimento simples e seguro.
Fertilização: os óvulos são fertilizados com espermatozoides doados em laboratório.
Transferência embrionária: os embriões são transferidos para o útero da parceira que gestará o bebê.
Acompanhamento da gravidez: após a confirmação da gestação, é iniciado o pré-natal.
Casos de sucesso
O método ROPA tem transformado a jornada da maternidade para muitos casais, incluindo histórias inspiradoras como a de Ludmilla e Brunna Gonçalves. Nesse exemplo, Ludmilla forneceu os óvulos, e Brunna assumiu o papel de levar a gestação, fortalecendo o vínculo entre elas e criando uma conexão especial no processo de formação da família.
Mais do que uma técnica de reprodução, o ROPA é uma experiência emocional que aprofunda os laços do casal.
Estou aqui para te apoiar nessa jornada única. Vamos conversar?