O que é um tratamento de baixa complexidade?
Quando falamos de tratamentos de baixa complexidade na reprodução assistida, estamos nos referindo a métodos mais simples e que não envolvem a manipulação de óvulos, espermatozoides ou embriões em laboratório, como acontece em tratamentos de alta complexidade, como a fertilização in vitro (FIV).
Coito Programado: sincronizando a ovulação com a relação sexual
O coito programado é uma das primeiras opções de tratamento que indicamos para casais que apresentam algumas condições específicas. Ele consiste em sincronizar a ovulação da mulher com o momento da relação sexual, maximizando as chances de fecundação.
Como funciona o coito programado?
O coito programado é uma tentativa simples e eficiente de controlar o momento exato da ovulação para orientar a relação sexual nos dias de maior fertilidade.
Quem pode se beneficiar?
Esse tratamento é indicado para casais em que a mulher apresenta tubas uterinas saudáveis e o homem possui sêmen com boa concentração e motilidade dos espermatozoides.
Indução ou acompanhamento da ovulação: em alguns casos, usamos medicamentos indutores para estimular a ovulação. Em outros, apenas acompanhamos a ovulação natural por meio de ultrassonografias seriadas.
Orientações personalizadas: quando o folículo está próximo de romper, orientamos o casal a ter relações sexuais nos dias mais férteis, geralmente nas 24-48 horas que antecedem a ovulação.
“O coito programado é uma estratégia simples que se ajusta à rotina do casal, trazendo boas chances de sucesso, especialmente para aquelas mulheres que precisam de uma pequena ajuda para ovular.”
Vantagens do Coito Programado
Baixo custo e invasividade: como a relação sexual acontece em casa, o tratamento é pouco invasivo e de baixo custo.
Primeira linha de abordagem: geralmente, é a primeira abordagem sugerida para mulheres que têm irregularidades na ovulação.
Inseminação intrauterina: um pequeno passo para grandes resultados
A inseminação intrauterina (IIU) é outro tratamento de baixa complexidade, mas com uma pequena intervenção laboratorial. Nesse processo, o sêmen do parceiro é preparado e injetado diretamente no útero da mulher, facilitando o encontro entre espermatozoide e óvulo.
Como funciona a inseminação intrauterina?
A IIU é indicada para casais que possuem algumas pequenas alterações na qualidade do sêmen ou dificuldades relacionadas à ovulação. Também pode se aplicar a casais homoafetivos femininos, com o uso do sêmen de um doador.
Preparação do sêmen: o sêmen é coletado e preparado em laboratório, onde os espermatozoides mais saudáveis e móveis são selecionados.
Aplicação no útero: o sêmen preparado é introduzido diretamente no útero da mulher, utilizando um cateter bem fino, o que diminui a distância que os espermatozoides precisam percorrer para encontrar o óvulo.
“A inseminação intrauterina é uma opção para casais que precisam de um pequeno empurrão para aumentar as chances de gravidez.”
Quem pode se beneficiar da inseminação intrauterina?
- Mulheres com trompas saudáveis e funcionantes.
- Homens com pequenas alterações no sêmen, como concentração ou motilidade reduzida de espermatozoides.
- Casais que já tentaram o coito programado sem sucesso, mas que ainda não precisam recorrer a tratamentos mais complexos.
- Casais homoafetivos femininos.
Vantagens da Inseminação Intrauterina
Intervenção leve e sem anestesia: o procedimento é simples, realizado em consultório e sem a necessidade de anestesia.
Preparação do sêmen: o processamento laboratorial do sêmen aumenta a qualidade da amostra, o que pode melhorar as chances de sucesso em casais com alterações discretas no esperma.
Coito Programado x Inseminação Intrauterina: Qual é o mais indicado?
A escolha entre esses dois tratamentos vai depender de vários fatores, como a saúde das trompas, a qualidade do sêmen, e a resposta aos indutores de ovulação. Ambos são tratamentos de primeira linha para muitos casais, especialmente aqueles que estão no início da jornada de reprodução assistida.
Quando procurar um especialista?
Se você e seu parceiro estão tentando engravidar há mais de um ano, ou há mais de seis meses, no caso de mulheres com mais de 35 anos, é importante considerar uma avaliação com um especialista em reprodução humana. Para mulheres com mais de 35 anos, 6 meses de tentativas sem sucesso já justificam a investigação. Com base nos exames e histórico do casal, podemos identificar a melhor abordagem de tratamento para cada caso.
Tanto o coito programado quanto a inseminação intrauterina são tratamentos eficazes e acessíveis, que podem trazer grandes resultados para casais que enfrentam dificuldades leves para engravidar. O mais importante é que essas opções, quando indicadas corretamente, oferecem uma oportunidade de sucesso sem a necessidade de tratamentos mais invasivos.
Se você tem dúvidas ou quer saber mais sobre qual tratamento pode ser o ideal para o seu caso, entre em contato. Estamos aqui para ajudar em cada passo dessa jornada.
“No caminho para a concepção, cada casal tem uma jornada única, e o tratamento certo pode fazer toda a diferença.”